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sexta-feira, 22 de maio de 2009

As aparições de Katrin Malen - o mistério da foto

Santem, Indonésia 1949

Investigações sobre a morte de Kur Hants são reabertas por jornalistas amigos do fotógrafo, o grupo que presenciou a cena do corpo dilacerado não se contentava com a hipótese de suicídio e muito menos assassinato com aquele grau de violência sem uma explicação lógica.

Na época o caso foi considerado assassinato pela polícia, arquivado e esquecido pelas autoridades, permanecendo apenas a lenda urbana do fantasma de Katrin Malen.

Hospital de Santem 1948

Horas se passaram o corpo de Kur já exalava um odor fétido, o sangue que ainda escorria da perfuração em seu peito, começava a escurecer, formando um grande círculo a sua volta, a cena tornou-se mais pavorosa ao ser observada pelo reflexo em um espelho muito grande e antigo que decorava o corredor.

Os olhos do fotógrafo estavam saltados, como se algo muito aterrorizante o tivesse afetado, sua alma parecia presa em seu corpo mutilado, algo extremamente atormentador pairava sobre o ambiente.

Os policiais e agentes que investigavam o caso no momento se atentaram a um detalhe que por pouco não passou despercebido, a mão direita de Kur estava repleta de sangue, entre suas unhas grandes, motivo de piadinhas entre os colegas, mas que ele pouco se importava, pois com elas era possível realizar muitas atividades artísticas no qual dedicava quase todo seu tempo livre, pintando lindos quadros e realizando trabalhos magníficos com as fotos que registrava eventualmente e durante seu trabalho, os peritos detectaram a presença de tecido da pele humana, tudo indicava naquele momento que o próprio Kur teria se violentado, provocando a própria morte.

O fato era intrigante, se o próprio Kur havia se suicidado onde então seu coração estaria e principalmente como haveria forças para tamanha brutalidade consigo.

As autoridades locais abafaram o caso na época, a lenda de Katrin Malen se espalhou por toda a região e em muito pouco tempo o mundo tomou conhecimento da tragédia.

Populares revoltados e indignados acreditaram que todo o mal provocado por Katrin mesmo depois de morte foi fruto de influências de sua mãe.

Uma grupo munido com pedras e tochas invadiu a casa de Enila no dia seguinte a morte Kur, agrediram a pobre mulher e atearam fogo na humilde residência. Enila presa e indefesa morreu aos gritos com o fogo dolorosamente possuindo seu corpo.

Algumas amigas tentaram impedir, mas foram agredidas verbalmente sendo acusadas de cumplicidade, todas elas assustadas correram e nunca mais foram vistas pela cidade.

Santem viveu momentos de pesadelo naqueles dias, Enila foi morta sem piedade e os responsáveis nunca foram punidos.

Após horas de espera o corpo de Kur foi removido, mesmo com buscas por todo o prédio seu coração não foi encontrado.

A câmera de Kur foi recolhida por Telman, um amigo, longe dos olhares investigativos das autoridades e posteriormente levada para sua casa na cidade de Estina, vizinha de Santem.

Muito se falou desde 1948, mentiras e mais mentiras foram ditas, mas uma única lenda se sobressaiu, tida como verdade, essa lenda distribuiu ao mundo o conto de que uma foto teria sido registrada, de fato foi, mas nunca ninguém teve acesso a não ser seu amigo que amedrontado nunca teve coragem de revelar o filme da câmera que permaneceu intacta em cima de um guarda-roupas antigo e não utilizado que ficava nos fundos da casa.

Telman se fechou em seu mundo e perdeu o contato com todos seus colegas de Santem, assustava-se cada vez que alguém citava o acontecimento ou até mesmo a lenda de Katrin Malen.

Os jornalistas que tentaram investigar o caso pouco descobriram sobre o mistério. Telman que isolado em outra cidade, recusava-se a atender qualquer pessoa, continuou vivendo de obras de artes, técnica que aprendeu com Kur.

Estina, Indonésia 1975

Telman já não lembrava a todo o momento da morte de Kur em 1948, mas suas obras tornaram-se obscuras e poucas eram vendidas. Telman faleceu em meio à miséria, poucas coisas mudaram ao longo dos anos em sua casa e a câmera de Kur continuava intacta.

O motivo de sua morte foi uma parada cardíaca sem qualquer explicação aparente enquanto finalizava seu último quadro, uma pintura nebulosa de uma boneca que parecia ser segurada por uma mão branca e jovem.

A notícia logo se espalhou, pois Telman era bem conhecido apesar de sua aspereza com as pessoas.

Faila, uma das jornalistas envolvidas na investigação de 1949, tomou conhecimento e seguiu para Estina em busca de algo que pudesse quebrar de uma vez por todas as lendas que rondavam a morte de Katrin Malen.

Dois dias depois os móveis e todos os bens de Telman começaram a ser retirados da residência e levados para um leilão da cidade.

Faila agora era uma jornalista muito bem sucedida e com uma boa quantia em dinheiro conseguiu arrematar a tão sonhada câmera e algumas das últimas pinturas de Telman.

A câmera de Kur estava embalada e muito bem protegida por um saco plástico ainda recoberto de pó mesmo após a limpeza realizada.

O que mais interessava Faila era o filme que permaneceu intacto por todos estes anos, mesmo sabendo do risco de estar estragado e nunca mais o mistério da morte de Kur ser revelado.

Faila recorreu a um amigo que possuía um estúdio módico de revelação em sua residência. Sabendo da importância do material Faila preferiu revelar cada foto pessoalmente e levá-las para análise em sua casa.

Faila assim o fez, preferiu nem observar as imagens, logo que ficaram prontas foram guardadas em uma pasta.

No caminho para casa Faila sentia fortes dores de cabeça, como nunca havia sentido antes, era algo que a incomodava demais e parecia que seu organismo estava cansado, como se tivesse praticado longas horas de exercícios físicos.

O relógio marcava 11 da noite, Faila finalmente analisaria as fotos tão misteriosas que há anos foram julgadas como lenda, muitos diziam que elas teriam sido reveladas e que uma estranha presença poderia ser vista nas imagens.

Tudo que era dito não passava de mentiras criadas por contadores de história. Nem a morte de Kur havia sido esclarecida.

Faila sentou em seu escritório, onde as pinturas de Telman repousavam inclusive a tenebrosa imagem da boneca, sua última pintura e uma caixa com uma boneca que veio junto com os quadros.

Algo ainda a incomodava, estava livre da dor de cabeça, mas o sentimento de cansaço permanecia.

Uma a uma as fotos foram analisadas, a nitidez já não era das melhores, muitas estavam borradas e infelizmente não poderiam ser identificadas.

Ao chegar às últimas imagens, que estavam boas, mas que em sua maioria revelavam apenas registros do prédio do Hospital, Faila teve um choque ao se deparar com a fotografia de Kur em frente ao espelho: com uma mão segurava a câmera e com a outra parecia abrir um buraco em seu peito. Apesar de a foto ser em preto e branco era possível notar o sangue em sua camisa branca.

Faila sentiu-se mal naquele momento e retirou-se do escritório, não acreditava que Kur teria se suicidado, era terrível imaginar a dor e os motivos que o levaram a fazer isso.

Após alguns minutos e vários copos de água, Faila retorna ao seu escritório e busca incessantemente pela foto que parecia ter sido tragada, misteriosamente desapareceu em meio a tantas outras folhas que permaneciam sobre a mesa.

Faila intrigou-se e resolveu dormir, pois ainda estava em choque com o que viu e principalmente com o mistério que acabara de desvendar.

Em seu quarto sentiu um estranho cheiro de fumaça, repentinamente um forte vento soprou do lado externo da casa, fazendo com que a janela emanasse fortes ruídos. A ventania logo foi possuindo a residência pelo lado de dentro até que um estrondo veio do escritório.

Faila assustada, cautelosamente caminhou para ver o que tinha acontecido e se deparou com o quadro de Telman, o da boneca, caído no chão.

Por alguns rápidos instantes seu olhar fixou-se na pintura, algo a chamava para dentro daquela estranha obra, já sentada no chão ficou paralisada com os olhos trêmulos, suas pupilas lentamente foram se dilatando, suas mãos incharam rapidamente, sentia-se sufocada, desesperada tentava se levantar, mas acabou caindo no chão do escritório.

Tentava emitir um grito de socorro, mas nada conseguiu fazer a não ser agonizar já sem reação alguma a única coisa que pôde ver foi um estranho vulto vagando pelo corredor, aparentemente uma menina. Deste ponto em diante nada mais viu a não ser a sombra da morte encobrindo sua visão.

Faila deixou registros do que estava pesquisando, sobre a sua escrivaninha duas folhas escritas à mão permaneceram intactas.

Uma semana depois o corpo de Faila foi encontrado em avançado estágio de decomposição. Peritos constataram morte por infarto, algo deveria ter provocado esse incidente já que Faila sempre foi extremamente sadia e nunca sofreu de mal algum de saúde.

Em sua residência foi encontrada uma estranha boneca, aparentemente muito antiga, mas pouca atenção foi dada a este objeto.

A autópsia de Faila assustou alguns médicos legistas, que encontraram seu coração muito escuro bem diferente de um infarto normal, ele parecia estar carbonizado.

Mais lendas caíram sobre o fantasma de Katrin Malen, a conto da foto proibida se espalhou novamente, nada continha os comentários da população da Indonésia, muito menos a velocidade com que as informações eram passadas.

Anos se passaram, as fotos da câmera de Kur foram recolhidas por um museu local, os relatos que Faila escreveu se tornaram segredo guardado a sete chaves junto com o quadro da boneca e a boneca encontrada em sua casa.

Sua morte foi dada como natural e ninguém mais tocou no assunto.

Nova York, Estados Unidos 1995

Henry um jovem estudante das artes ocultas há tempos tinha conhecimento da Lenda de Katrin Malen e muito planejava sua ida para a Indonésia, a fim de resgatar os vestígios reais da existência da menina bem como as famosas fotos que ficaram trancadas em um antigo baú.

A boneca encontrada, por ser muito antiga ficou exposta no museu como peça de apreciação e desejo de colecionadores, por ser única e praticamente não existir qualquer outro exemplar como aquele no mundo.

De tanto desejar Henry juntou um alto capital com sua organização do Ocultismo e conseguiu todos os objetos que desejava inclusive a boneca, após meses de negociação o museu concordou em vender tudo, pois estava em estado lamentável e necessitava de verba para conseguir se manter por mais algum tempo e nesse período ninguém mais acreditava na lenda Katrin Malen.

As fotos, a boneca e os relatos de Faila chegaram a Henry quase um ano após seu pedido ter sido realizado.

As fotos já não mostravam mais nada, além de borrões escuros e manchas estragadas pelo tempo e má conservação, apenas a de um corredor vazio focalizando uma porta estava em bom estado.

A boneca encontrada na casa de Faila permanecia da mesma maneira, trajando um vestido branco, cabelos longos e louros de tamanho médio e seu corpo era composto por um pano macio, o enchimento parecia não ser dos melhor e já não exalava um bom odor devido a idade.

Vasculhando entre as linhas daqueles papéis que um dia serviram de anotações a Faila, Henry descobriu o que uma das fotos mostrava. Faila descreveu com riqueza de detalhes a foto em que Kur se suicidava.

Faila explicou como adquiriu os objetos estranhos e um dos parágrafos citava que a boneca estava ao lado de Kur no dia de sua morte e que havia sido recolhida junto com sua câmera permanecendo guardada na casa de Telman e posteriormente comprada por Faila no leilão.

Henry era perito em artes gráficas na época e desejava coletar o material, realizar seus estudos e posteriormente concretizar suas conclusões com imagens e ilustrações de todos os acontecimentos desde o grande incêndio do hospital de Santem.

Com o passar dos dias Henry ficou fanático pelas buscas, queria de todas as formas encontrar uma resposta para a morte de Faila e principalmente desvendar o que poderia ter levado a morte de Faila.

Um mês se passou, Henry afastou-se de seu grupo de ocultismo e se dedicou em tempo integral a buscar informações sobre o passado de Katrin e todos aqueles que tentaram descobrir sua verdadeira história.

Henry morava sozinho, seu pai e mãe eram falecidos, a casa dele era repleta de artefatos religiosos e símbolos místicos o que tornavam o ambiente assustador para algumas pessoas.

O ano já era de 1996, Henry pouco saia de casa e dedicava todo seu tempo livre ao ocultismo, já havia abandonado a pesquisa sobre Katrin Malen até que em certo dia descobriu em velho livro, um ritual utilizado para invocar espíritos perturbados. Era algo diferente de tudo que ele já conhecia, talvez fosse aquele ritual a resposta para todas suas dúvidas.

Assim Henry tomou a decisão de realizá-lo na noite de sete de janeiro.

O foco de Henry era invocar o espírito de Katrin Malen, e tentar obter as respostas que tanto desejava. Para isto acontecer o livro dizia que sangue próprio deveria ser oferecido ao espírito em questão.

Henry seguiu a risca tudo que foi pedido, dezenas de velas iluminavam o ambiente, sobre a mesa da cozinha permaneciam alguns objetos religiosos, umas folhas e uma caneta.

As horas foram passando e Henry não conseguia invocar a tão esperada presença de Katrin, até que em certo momento, sua mão involuntariamente escreveu uma mensagem no papel que dizia: “Regresso por aquele que faz o que um dia fizemos”. Sem entender bem Henry encerrou o ritual, mas permaneceu intrigado com a mensagem que escreveu.

Naquela mesma noite, estranhos ruídos foram escutados na cozinha enquanto Henry dormia.

O dia amanheceu nebuloso, ao caminhar em direção a cozinha Henry apavorou-se vendo que todos os armários de sua cozinha estavam abertos, era algo que nunca tinha acontecido antes, muito pensativo vagarosamente fechou cada porta, imaginando o que poderia ter causado aquilo.

Dias foram se passando, o comportamento e Henry parecia mais estranho, cada vez se fechando mais para o mundo. Seus amigos já não correspondiam, sempre eram retribuídos com agressividade, mesmo aqueles que contribuíram para a compra dos objetos da Indonésia.

Vinte e cinco dias transcorreram da mesma forma, diversas vezes Henry foi surpreendido por estranhos acontecimentos em sua residência. Suas criações digitais já não eram mais as mesmas, apesar de passar horas em frente a um computador, pouco criava.

Em uma noite muito quente, Henry tentava de todas as maneiras criar algo único em seu computador, mas os latidos incessantes de seu cachorro e único companheiro o incomodavam demasiadamente.

Instantes de muita fúria foram se sobrepondo, até que em determinado momento Henry parecia diferente, algo o deixava trêmulo. Vagarosamente levantou-se de sua mesa, as gotículas de suor já eram visíveis em seu rosto. Caminhou até a parte externa onde seu cachorro continuava a latir.

As veias do rosto de Henry, um rapaz loiro com pele avermelhada, estavam saltadas e seu olhar era de fúria para seu animal.

Ao seu lado direito havia uma caixa de madeira com uma barra de ferro acima, Henry agarrou essa barra com muita força e apontou em direção do animal que continuava a latir, mas desta vez olhando para seu dono.

Henry nada notou, mas no momento em que observava seu cachorro um estranho vulto de estatura baixa, roupas pretas e um olhar profundo o observava de dentro da residência.

Os ruídos do cachorro eram de medo e raiva, Henry ergueu a barra com toda a sua fúria e acertou a cabeça do animal num golpe fatal sem ao menos dar-lhe a chance de reagir.

Ainda não satisfeito Henry, demonstrou sua raiva cavando um buraco no peito do cachorro, colocando a mostra seu coração que jorrava sangue por todo quintal.

Após assassinar seu tão querido companheiro, Henry com as mãos repletas de sangue, soltou a barra e caminhou normalmente para seu computador sem notar a estranha presença o observando.

Em frente ao computador mesmo sem lavar as mãos, Henry manchava todo o mouse e escrivaninha. Um estranho desejo tomou conta de seu ser. Vasculhou suas gavetas até que encontrou a foto do corredor do Hospital de Santem, a única restante da série de imagens que Kur registrou. Mesmo com as mãos sujas conseguiu digitalizar aquela imagem.

Seu olhar era fixo na tela do computador, enquanto isso atrás dele a presença não notada que vagava por sua residência nada mais era do que o espírito da própria Katrin Malen.


Henry estava sob o poder de Katrin, sem notar a menina o observando ele começou a criar montagens em seu computador, sobrepondo diversas imagens sobre a foto corredor, inconscientemente Henry recriou com perfeição de detalhes a imagem do espectro de Katrin Malen, mas algo ainda faltava e com certeza era a boneca.

Em outra de suas bagunçadas gavetas entre os badulaques místicos a boneca vinda do museu da Indonésia foi retratada nas mãos de Katrin como se fosse enforcada por uma fina linha.

A obra digital ficou pavorosa, mas Henry estava certo no que fez. Uma voz baixa, pausadamente repetia para que aquela imagem fosse propagada, mais pessoas deveriam tomar conhecimento da existência de Katrin Malen.

Henry ainda permanecia com a boneca em uma das mãos enquanto disparava a tenebrosa fotomontagem pela então recente criada internet.

Katrin continuava observando as atitudes de Henry e quando o último clique foi dado, as mãos geladas, brancas e com aparência decomposta do espírito da menina morta repousaram sobre os ombros de Henry.

Henry sentiu suas mãos incharem, uma estranha falta de ar tomava conta de seu corpo sem saber ao certo o que estava acontecendo, viu sua visão cair na penumbra, seu coração acelerar e em minutos nada mais sentiu, faleceu em sua cadeira, caindo posteriormente com a boneca segurada firmemente em sua mão esquerda.


Katrin se afastou lentamente e na escuridão do corredor da casa de Henry, desapareceu com um sorriso fúnebre e sarcástico em sua face macabra como quem comemorava a conclusão de uma difícil missão.


Dias depois a casa de Henry é arrombada por policiais que vieram a pedido de vizinhos que sentiam um forte mau cheiro e notaram a ausência do jovem.


A cena era chocante e nada diferente da morte Faila, a boneca foi recolhida por uma das policiais que ferozmente a rasgou e dentro do brinquedo escondia-se vestígios de tecido humano apodrecido por décadas, mas tudo indicaria que aquele seria um coração.


Exames posteriores indicaram que o coração era de Kur, desaparecido e considerado um mistério até os dias atuais. Uma dúvida no ar ficou: - Como aquele órgão foi depositado dentro do brinquedo? Havia mais alguém naquele hospital além de Kur.


Investigadores buscavam mais vestígios dentro da boneca quando um pequeno diário envelhecido caiu na mesa.


Mary uma linda jovem policial pegou o diário e na sua capa o nome da proprietária era bem evidente: “Katrin Malen”


quinta-feira, 21 de maio de 2009

Devour

Segunda vi esse filme, é assustador em algumas partes, mas divertido demais pra quem gosta dessas coisas :P (Ou seja, eu xD)

Download do filme
Ingles com legendas

Dublado

Sinopse

Um misterioso jogo online chamado O Caminho começa a transformar as premonições perturbadoras de um jovem em realidade sangrenta. Na esperança de escapar desse pesadelo, o rapaz recorre a uma nova e sedutora amiga que se interessa por ciências ocultas, mas as coisas só pioram a partir daí.

Título Original: Devour
Origem: EUA
Ano: 2005
Diretor: David Winkler
Duração: 90 min.
Gênero: Suspense
Distribuidora: Columbia

sexta-feira, 15 de maio de 2009

O assassinato de Jéssica

Os lindos fios dos cabelos louros caíam sobre a pia do banheiro enquanto Jéssica os penteava cuidadosamente com sua escova preferida. Sua mãe logo a apressava para ir à escola, como sempre, estava atrasada.

O trânsito da cidade mineira de Boa Vista era muito tranqüilo para uma população de 150 mil habitantes.

Gorete a mãe de Jéssica tinha um temperamento amigável, mas era impaciente quando se tratava de esperar alguém, e como de costume, foi por todo caminho até escola dando sermões em Jéssica por seu atraso rotineiro.

O ano era de 1974 e Jéssica cursava a 8ª série do ensino fundamental, naquele mesmo ano se formaria e sua mãe havia lhe prometido pagar toda a formatura, um presente pelas excelentes notas do ano todo.

O dia de Jéssica e todos os alunos correu normalmente, repleto de lições difíceis, contas absurdas, fórmulas complicadas e muitas risadas com suas amigas. Tudo estaria normal a não ser pela chegada do novo inspetor de alunos, um rapaz de 30 anos que chamou a atenção de diversas garotas e em especial de Jéssica.

Dia após dia, Jéssica passava longos períodos observando Célio trabalhar, sua atenção desde então estava toda focada em um homem.

Jéssica já havia namorado, mas nada que fosse realmente bom para que se tornasse uma relação estável e duradoura.

As amigas de Jéssica já notavam a sua indiferença nas conversas durante a aula e também não gostava mais de passear pelo pátio durante os intervalos.

Pouco a pouco Jéssica foi ficando sozinha, dentro de si uma revolta foi se criando e tinha em mente um único desejo, conquistar o amor de Célio, sem o consentimento de sua mãe ela estava matando aulas e passava longos momentos à procura do Célio.

Jéssica era insistente naquilo que desejava e vagarosamente como uma doce menina foi tendo contato com o inspetor, fruto de noites em claro, viajando em seus pensamentos de adolescente apaixonada.

Meses se passaram e como toda boa escola que se prezasse os comentários nos corredores entre os alunos e também entre os professores logo se espalharam, mas a essa altura Jéssica e Célio já estavam próximos demais para, uma amizade incontrolável os possuía, ainda não havia acontecido nada em especial, mas tudo indicava que não demoraria.

Célio apesar da idade, tinha uma ótima aparência, era belo e isso encantava todas as mulheres com quem ele convivia, mas estranhamente não tinha ninguém e muito menos comentava seus relacionamentos, era uma pessoa fechada e estranha e ao mesmo tempo, atencioso e prestativo.

Já era agosto, as aulas transcorriam normalmente e Jéssica apresentava resultados ruins em suas provas, não era mais uma aluna aplicada, tão pouco uma boa amiga o que resultou em um isolamento de sua vida habitual.

Em setembro a amizade dos dois se tornou algo indestrutível, Célio já havia levado chamadas de seus superiores por deixar muitas vezes o trabalho de lado e dar atenção a Jéssica.

Jéssica por sua vez explicava insistentemente para sua mãe que a queda no rendimento escola era em função das difíceis matérias.

Gorete foi levando a situação de maneira a acreditar em sua filha, mas em seu interior sentia que algo estava errado.

Setembro já dava o ar da graça, em sua primeira semana e em uma tarde chuvosa os alunos foram dispensados mais cedo em função de manutenções na escola. Foi quando Jéssica viu ali um excelente momento para fica com Célio e assim fez.

Durante todo o restante da tarde os dois permaneceram juntos e bem atrás de um monte de carteiras velhas aconteceu o primeiro beijo.

O encontro dos lábios de dois apaixonados e reprimidos pela sociedade e pelas diferenças, ali se fez. Nada estava entre Jéssica e Célio.

Já era novembro e a paixão entre os dois estava cada vez mais forte, se encontravam escondidos quase todos os dias sem levantarem qualquer suspeita, pois Jéssica havia melhorado em suas notas e faltas e Célio não conversava com ela em horário de aula.

O tempo passou de tal maneira a fazer com que Célio sentisse desejos mais íntimos com Jéssica, que todas as vezes recusava e sentia-se de certa forma incomodada com situação, já que ainda era virgem.

Algumas semanas depois, as aulas estavam se encerrando e algo atormentava Jéssica, no próximo ano estaria em uma nova escola e não mais veria Célio com tanta freqüência, e uma decisão estava tomada: Ela iria se entregar ao Célio.

Tudo estava planejado com Célio e aconteceria após um dia de provas quando todos sairiam mais cedo.

O local era um antigo banheiro feminino, há muito tempo desativado devido a escola estar com poucos alunos e não haver necessidade de tantos lugares em funcionamento.

Jéssica teve sorte e a prova estava fácil, logo que concluiu todas as questões se apressou para ficar com Célio até que todos saíssem da escola.

Célio parecia nervoso e inquieto, logo chamando a atenção de Jéssica que o questionou sobre seu comportamento. Com a voz trêmula Célio disse que estava tudo bem e que estava apenas um pouco preocupado para que ninguém os visse.

Enfim, a escola tinha se esvaziado, o último aluno cruzou o portão que logo foi fechado por Célio.

Longe dos olhares de outros funcionários da escola, o casal correu para o banheiro. Célio teve o cuidado de trancar a porta, fato que chamou a atenção de Jéssica, mas que pouco se importou.

O clima entre os dois foi cada vez mais se aflorando, entre abraços e beijos Jéssica sentiu no bolso de Célio um objeto estranho, mas achando ser apenas o molho de chaves, continuou a acariciar seu namorado.

Célio tirou sua camiseta e pressionava Jéssica contra a parede, a menina parecia experiente e se deixava levar pelas atitudes de Célio.

Célio estava bastante excitado com a relação e sem pudor algum foi despindo Jéssica que naquele dia estava com roupas brancas.

Completamente nua Jéssica estava pronta para receber Célio por completo, quando uma série de atitudes bruscas começou a apavorar a garota.

Os dedos grossos e ásperos de Célio invadiam os órgãos genitais de Jéssica, com muita força ele tentava forçar a menina a se deixar levar pelos atos. Jéssica repudiava em certos momentos, mas era fortemente abraçada por Célio, imobilizando-a.

Uma forte dor seguida de ardência fez com que Jéssica gritasse e chorasse, principalmente quando notou que sangue escorria entre suas pernas.

Pedindo incessantemente para que Célio parasse, ela foi calada com os dedos vermelhos e repletos de sangue introduzidos em sua boca, fazendo com que o líquido da vida fosse engolido pela garota seguido de um beijo sádico.

Jéssica estava em pânico e sofria com as fortes dores, até que Célio invadiu seu corpo, uma mistura de prazer medo e agora ameaças estavam presentes naquele velho banheiro.

Célio tirou de seu bolso um canivete que usou como arma de ameaça para que a menina permanecesse calada e atendesse todos seus desejos.

Célio parecia realizado, era um desejo seu abusar de uma virgem e dela extrair liquido da vida para que entre os corpos, além do suor existisse a cor da paixão.

Por trás da personalidade doce e tímida de um simples inspetor, existia um maníaco, que guardava os mais torturantes e terríveis desejos.

Já no chão, deitou sobre a menina, concretizando seu ato de crueldade.

As paredes tinham sangue, assim como o chão, as roupas e os corpos dos dois.

Jéssica tentou reagir e chegou a ferir um olho de Célio, revoltado ele quis se vingar e antecipou o que tinha previsto para o final da relação.

Agarrou Jéssica pelo pescoço com apenas uma das mãos, enquanto com a outra segurava o canivete e cortava os lábios dela.

Ainda não satisfeito, ordenou que Jéssica pusesse a língua para fora e num golpe rápido arrancou a ponta. Jéssica ficou estática, e em choque mal podia gritar.

Seus sussurros de nada adiantavam e sendo empurrada para uma cabine junto a um vaso sanitário e sua única reação foi apertar compulsivamente a descarga, infelizmente em vão, pois no momento ninguém que estava por lá conseguiu ouvir, pois a distância era grande, tentou três vezes mesmo possuída por Célio.

Já fraca e sem reação desistiu de lutar pela vida, Célio decidiu acabar com tudo rapidamente. Agarrou a cabeça de Jéssica golpeando-a fortemente na beirada do vaso sanitário.

Jéssica desmaiou tamanha foi a força dos golpes que parte da louça do vaso se partiu.

Célio com seu canivete cortou a garganta de Jéssica, que inerte morreu pouco tempo depois.

Célio tratou de se livrar de marcas e provas, fugiu agilmente pulando o muro da escola.

O corpo de Jéssica ficou no mesmo local até segunda feira, quando algumas faxineiras notaram o estranho cheiro vindo do banheiro, pensando ser apenas algum vazamento de esgoto.

Apavoraram-se quando viram a menina morta com um olhar atônito de desespero, morreu sofrendo e sem ter quem a ajudasse.

Logo a mãe de Jéssica foi informada e em prantos acompanhou a remoção do corpo.

O enterro da menina foi marcado por muita dor e emoção.

A polícia procurou em vão pelo paradeiro de Célio, que mais tarde souberam que se tratava de um falso nome, mas sua verdadeira identidade nunca foi descoberta.

Semanas, meses e anos se passaram, em pouco tempo a escola cresceu bastante sendo necessário a reabertura do banheiro onde Jéssica havia morrido, mas algo naquela escola não era mais o mesmo.

Uma nuvem negra parecia que pairava sobre a escola, até que em um dia comum de aula, gritos de meninas foram ouvidos por todo o ambiente. Relatos davam conta de que após apertarem a descarga por umas três vezes uma menina apareceu diante dos seus olhos, completamente ensangüentada e pedindo ajuda.

O incidente aconteceu várias vezes, e somente no banheiro onde Jéssica fora assassinada.

O fato aconteceu apenas com alunas e a história se espalhou de forma assombrosa assim criando a “Loira do Banheiro”. Muitos ainda dizem que seu espírito vaga pedindo ajuda e que o suposto inspetor Célio ainda faz de jovens garotas suas vítimas.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Barulhos estranhos

Quando eu tinha 9 anos de idade, mudei para uma casa nova. Era uma casa de dois andares, pequena e não muito bonita, mas ben antiga. A minha mãe a havia comprado há alguns anos, mas até então só a havia alugado. Depois de uns dois meses, já havia conhecido os vizinhos, haviam muitas crianças lá, e me enturmado. Foi quando uma das vizinhas me perguntou: "Quem é que fica acordado à noite na tua casa?", "Ninguém", eu respondi, "Então como é que eu fico ouvindo barulho de porta batendo a noite toda? Eu contei o caso para minha mãe, que não deu muita importância. Eu também não ligava muito para isso, mas os vizinhos sempre diziam: "Como vocês têm coragem de morar aí?". Logo arrumamos uma empregada e essa sim morria de medo. "Quando eu estou embaixo ouço barulhos de gente lá em cima e quando estou em cima, ouço barulho embaixo", "Deve ser o cachorro", dizíamos, "Não, o cachorro fica deitado do meu lado". Ainda assim nunca ninguém se importou.
Um dia, no entanto, estávamos dormindo (minha mãe era solteira, então dormíamos eu, ela e meu irmão no mesmo quarto) quando ouvimos alguém bater à porta. Não era uma batida comum, era muito forte. Sabe quando alguém já está batendo na porta há muito tempo e, impaciente, bate ainda mais forte? Era mais ou menos assim. Minha mãe foi até a porta e perguntou quem era, não houve resposta. Mais duas vezes ela perguntou e ninguém respondeu. Eu, que sou judeu, já havia pegado meu sidur (livro de orações) e rezado vários salmos. Minha mãe, então, ligou para a empregada e perguntou se ela havia batido na porta. A empregada respondeu que não. Depois de juntar coragem, as duas saíram de seus quartos e foram ver o que era. A casa estava na mais absoluta quietude. Foi então que a minha mãe contou: o antigo dono daquela casa havia sido assassinado, aparentemente pelo seu parceiro. Desde então, a mãe, o irmão e a tia dele haviam ido morar lá, mas todos saíram com medo. Até que a minha mãe comprou a casa, mas todos as pessoas para quem ela alugava também saíam dizendo que viram coisas.
Nós moramos três anos nesta casa e, desde então, nunca mais tive experiências desse tipo. Particularmente, sou muito cético quanto a essas coisas. Os vizinhos no entanto, até hoje morrem de medo da casa.
Anônimo, Manaus, Amazonas.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

O mistério da mulher de branco

OBS: O conto é uma obra fictícia e não tem relação alguma com pessoas ou fatos reais, qualquer semelhança trata-se de uma coincidência.

Em noite de lua cheia ouvem-se gritos dentro do cemitério e dizem ainda que uma mulher vestida toda de branco sempre pega o primeiro táxi e segue em direção a esses gritos, todas as vezes misteriosamente, ela desaparece em meio aos túmulos.

Muito já foi dito sobre a lenda, mas seria isso apenas uma lenda ou de fato a temida mulher de branco viveu entre nós?

Começarei aqui a contar o que muita gente teme e com razão devem temer, pois o que perambula pelas ruas em diversos lugares nas belas noites de lua cheia não é uma visão ou uma alucinação, tenham cuidado, pois o mal toma as mais doces e inocentes formas.

Chamo-me Ramiro tenho hoje 32 anos, nasci no ano de 1976 exatamente no dia 29 de junho, regido sobre o signo câncer e fruto indesejado de uma relação. Meu pai sempre foi um bêbado, pouco se importava com a gravidez de minha mãe. Pelo menos foi o que me disseram.

Minha mãe era muito mística, acreditava no poder do sobrenatural uma vez que a origem da família dela se misturava com a cultura celta, trazendo deste povo diversos rituais que até hoje ninguém entende.

Perdi minha mãe logo que nasci, de princípio meus tios haviam me dito que era complicação de parto, mas pouco antes de minha tinha falecer, quando eu já tinha 18 anos ela me contou o que realmente aconteceu.

Era 29 de Junho de 1976 minha mãe estava grávida de mim a poucos dias de dar a luz, já que o programado era para dia 2 de julho em função da mudança da posição dos planetas.

Neste dia minha mãe, que se chamava Celeste, teve que ficar até mais tarde em seu trabalho.

Era uma noite bela de lua cheia, o relógio já indicava 10 da noite, muito tarde para voltar para casa sozinha, minha mãe Celeste decidiu tomar um táxi e retornar segura.

Numa rua próxima ao seu trabalho logo avistou um taxista e logo tratou de entrar no veículo e rapidamente passar o endereço de destino.

No caminho o motorista Joaquim foi descobrindo mais sobre a vida de Celeste, e notando seu amor por aquela criança que estava para nascer.

Joaquim foi desenvolvendo em sua mente desejos e mais desejos no corpo de Celeste, pois era uma mulher esbelta e bonita.

Ao chegar próximo de um cemitério, desligou seu veículo e disse a Celeste que teriam que descer, pois o carro estaria com problemas.

Celeste ficou assustada e quis ajudar Joaquim. Tudo não passou de um plano para que o motorista pudesse abusar da jovem mãe.

Joaquim logo que saiu do carro dominou Celeste ameaçando-a com uma faca. Celeste tentou gritar, mas Joaquim mostrou que não estava brincando e fez um corte no braço da jovem.

O motorista arrastou Celeste para dentro do cemitério, tapando sua boca com as mãos e logo a amordaçando com uma camiseta velha que possuía no táxi.

No escuro e tenebroso cemitério Joaquim espancou Celeste que sem conseguir reagir caiu ainda acordada sobre um túmulo abandonado.

Com suas mãos ásperas e grosseiras, Joaquim bruscamente introduziu na vagina de Celeste, encontrou o bebê mais a fundo e com voracidade agarrou-o e puxou para fora, rasgando a pele de Celeste, sem o mínimo de pena.

O belo vestido branco de Celeste foi manchado pelo sangue que escorria por todo seu corpo.

O bebê já estava em posição de parto, pronto para conhecer o mundo e foi retirado ventre de sua mãe. Celeste não conseguir esboçar qualquer reação em meio a tanta dor e tanto sangue que escorria por cima do túmulo.

A criança recém nascida sob circunstâncias tão trágicas e dolorosas sou eu.

Minha mãe ainda consciente foi abusada sexualmente e não agüentando os ferimentos e o desespero ao ver seu filho ser retirado daquela maneira acabou falecendo.

Joaquim me deixou ainda bebê do lado do corpo de minha mãe, acreditando que eu fosse morrer durante a noite, mas sobrevivi, pois fui encontrado logo pela manhã por funcionários do cemitério.

Joaquim foi preso pouco tempo depois e confessou tudo. O plano de assassinato foi armado pelo meu pai que era amigo do dono da empresa onde minha mãe trabalhava e também de Joaquim.

Meu pai era colega de Joaquim e ambos dividiam o mesmo ponto de táxi e nunca mais foi encontrado e eu por ironia do destino me tornei um taxista, na esperança de reencontrar minha mãe.

Eu sei que o que dizem sobre a temida Mulher de Branco é verdade, pois ela não cumpriu sua missão em vida.

Dia após dia tentei de todas as maneiras encontrar o espírito de minha mãe perdido entre os túmulos do cemitério até que desiste, mas até que um dia conheci um centro de umbanda que me ajudou e muito...

Realizamos vários trabalhos até que em uma noite de lua cheia assim como no dia do assassinato dela, eu tive a pior experiência de minha vida.

Eis que fui chamado para uma corrida de táxi próximo as 11 da noite, o local não era dos mais estranhos, mas também não era dos mais comuns. Muito próximo de uma velha fábrica abandonada, que por coincidência era onde minha mãe trabalhava.

Nunca vi nenhuma foto de Celeste, pois meu pai desapareceu com todos os objetos dela antes de fugir.

Em meio à escuridão eis que a cliente toda de branco e com um olhar profundo acompanhado de sua pálida pele me falou que precisava ir para casa. Prontamente lhe perguntei o endereço, mas ela apenas foi me indicando o caminho.

Próximo ao cemitério ela me pediu para parar e segui-la aí então notei que aquela misteriosa mulher poderia ser minha mãe.

Calado a segui e para entre os túmulos fomos. E sem pronunciar uma única palavra ela apenas indicou uma lápide onde constava o nome de minha mãe: Celeste.

O meu desejo estava realizado, mas eu não sabia o que estava para acontecer. Celeste não era mais a mesma, e os trabalhos que realizei fez com que seu espírito retornasse ainda mais voraz e em busca de seu bem mais precioso: Eu.

O espírito de minha mãe me olhava profundamente até que num instante muito rápido escutei um grito aterrorizantemente alto, profundo que atingiu o interior de minha alma, que senti ser sugada por uma força maligna. Sem forças cai, mas logo levantei e comecei a correr em direção ao táxi.

Aparentemente a temida Mulher de Branco, ou simplesmente minha mãe, havia desaparecido.

Apavorado acelerei muito, e depois de alguns minutos quando olhei pelo retrovisor vi Celeste no banco de trás e novamente um grito semelhante ao do cemitério foi emitido. Sem rumo e sem visão meu táxi capotou. Sofri um grave acidente e ainda me lembro do rosto de celeste me observando entre as ferragens do veículo até a chegada dos bombeiros.

Minha mãe busca minha alma, pois fomos separado de forma brutal, a tentativa de ela me levar foi em vão e infelizmente fiquei paraplégico. Em diversos rituais místicos consegui contato com seu espírito que repleto de maldade diz que me buscará eternamente.

Desde então me escondo, até que em um dia um telefone da polícia solicitou para que eu fosse até um necrotério, pois um corpo precisaria ser reconhecido. Ninguém menos que meu pai estava ali, um canalha que provocou todas estas tragédias, mas que minutos antes de sua morte disse meu nome aos policiais.

Meu pai faleceu de acidente de carro, muito parecido com o meu e dizia apavorado que sua finada esposa foi a culpada.

Celeste desde então vaga por inúmeros locais em busca de meu espírito e não descansará enquanto não me encontrar e até que isso aconteça ela continuará fazendo vítimas e mais vítimas que se arriscam em dar caronas ou abrir as portas de seus táxis em noites de lua cheia, pois ela só entra se for convidada.

Sei que sua vingança foi concretizada, só que ainda lhe falta algo: Eu.

Nunca serei encontrado, me recolhi em um local que ninguém nunca suspeitará e aos desavisados só desejo Boa Sorte, ela é má, não se engane!

Estamos voltando com o blog!

Eai gente, estou voltando com mais coisas sobrenaturais pra vocês! Isso mesmo, vou voltar com o blog :) E desta vez não para!
Daqui a pouco trago uma história assustadora pra vocês ;)
E batemos o recorde! Mais de 200 visitas em 5 dias!
Enjoy :x

 
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